As irmãs da Fraternidade de São Pio X

História
Ao longo da história, a Providência suscitou sempre famílias religiosas para responder às necessidades da Igreja.
Foi assim que Mons. Lefebvre fundou a Fraternidade Sacerdotal de São Pio X no rescaldo do Concílio Vaticano II, no contexto da terrível crise que estamos a viver. A congregação das irmãs da Fraternidade de São Pio X nasceu deste mesmo amor à Igreja e da longa experiência do nosso fundador ao serviço das almas.
Nos anos 30, no Gabão, o P. Marcel, futuro Mons. Lefebvre, missionário no mato, apreciava a ajuda efectiva dada pelas religiosas ao apostolado missionário nas escolas e nos dispensários. Mais tarde, quando se tornou Arcebispo de Dakar e Delegado Apostólico, a sua opinião não mudou com a sua experiência, antes pelo contrário. No seu grande espírito de fé, considerava não só a ajuda prática e directa que as irmãs davam ao apostolado, mas também as riquezas escondidas que provinham da sua vida de oração, da sua presença aos pés do tabernáculo, da oferta de toda uma vida através dos votos de religião.
Em 1970, Mons. Lefebvre e alguns seminaristas fundaram a Fraternidade Sacerdotal de São Pio X. Redigiu os Estatutos e, com base na sua experiência em África, previu a presença de irmãs auxiliares do sacerdócio entre os seus futuros sacerdotes, embora ainda não tivesse nenhuma vocação feminina.
Mas, pouco a pouco, a Providência providenciou tudo. Em 1973, uma postulante australiana chegou a Écône e outras se seguiram. A irmã mais nova de Mons. Lefebvre, Bernadette, Ir.ª Maria Gabriel, das Irmãs do Espírito Santo, veio em seu auxílio para formar estas jovens aspirantes à vida religiosa. Depois de uma vida de missão em África e nas Índias Ocidentais, e depois de ter sido assistente geral da sua congregação, a Madre Maria Gabriel estava profundamente angustiada por ver o aggiornamento pós-conciliar arruinar progressivamente a sua querida vida religiosa. Aceitou vir transmitir a tocha do espírito religioso a jovens desejosas de viver os seus votos na mais pura tradição da Igreja.
Em 1974, Mons. Lefebvre fundou a congregação das irmãs da Fraternidade de São Pio X. Redigiu as Constituições e a Madre Maria Gabriel tornou-se superiora da nova comunidade. O dia 22 de Setembro de 1974, data da primeira cerimónia de tomada de hábito, marcou o nascimento da nossa família religiosa. Hoje, 50 anos após o seu início, a congregação conta com mais de 200 irmãs em 28 casas em todos os continentes.
Qual é a sua missão?
As irmãs da Fraternidade de São Pio X unem a vida contemplativa à vida activa, segundo a vontade do fundador. O seu apostolado assume muitas formas diferentes, mas pode ser resumido em duas palavras: complementar e facilitar o apostolado sacerdotal. À imitação de Nossa Senhora e das santas mulheres que seguiram Nosso Senhor e os apóstolos, as irmãs aliviam os sacerdotes das preocupações materiais, tornando-os mais disponíveis para o exercício do seu ministério. Ocupam-se também de um apostolado variado e de tudo o que se relaciona com o santo sacrifício da Missa: canto gregoriano, cuidado da sacristia, fabrico de ornamentos e de toalhas de altar. Presentes em vários priorados, seminários e casas de repouso, as irmãs conjugam as suas funções apostólicas e materiais com o apoio das suas orações.
Complementam também o apostolado dos sacerdotes nas paróquias e nas missões:
- Ensino do catecismo;
- Preparação para os sacramentos;
- Ensino nas escolas primárias;
- Formação nas virtudes cristãs através de campos de férias, como os organizados pela Cruzada Eucarística;
- Visita aos doentes e aos idosos...
Qual é a sua espiritualidade?
Vivendo elas próprias de Deus, intimamente unidas a Ele, as religiosas têm por objectivo dá-l’O, torná-l’O conhecido e amado por todas as almas.
A hora diária de adoração aos pé do tabernáculo, durante a qual as irmãs rezam pelos sacerdotes, pelas pessoas consagradas e por toda a Igreja, é uma parte fundamental deste apostolado.
O que une esta actividade aparentemente variada é o espírito comum que anima as irmãs, o espírito que lhes foi transmitido por Mons. Lefebvre, ou seja, o amor pelo santo sacrifício da Missa celebrada segundo o rito de sempre.
Mons. Lefebvre fundou a Fraternidade para perpetuar nos seus sacerdotes o sacerdócio de Cristo, que Se oferece na cruz pela redenção das almas. Mas Nosso Senhor não quis sofrer sozinho no Calvário; quis a presença de Sua Mãe ao pé da cruz, ao Seu lado. Quem perpetuará, então, a compaixão de Nossa Senhora? Seguindo o exemplo de Maria e sob a sua inspiração, as irmãs da Fraternidade querem oferecer-se com a Vítima do Calvário.
Todas estas tarefas, sejam elas humildes e modestas ou mais directamente apostólicas, as religiosas esforçam-se por realizá-las com o mesmo amor e o mesmo espírito de sacrifício.
Fonte: La Porte Latine